Lama: O Crime vale no Brasil – A tragédia de Brumadinho
Estreia em 14/05 – 20:00 – Disponível até 21/05
Direção Carlos Pronzato e Richardson Pontone
Na sexta-feira do dia 25 de janeiro de 2019, a barragem do Córrego do Feijão pertencente à Vale rompeu em Brumadinho – MG, espalhando um mar de lama pela região. O saldo da tragédia conta com centenas de mortos e vários ainda desaparecidos além dos tantos animais soterrados pela lama – alguns sacrificados por impossibilidade de resgate – e do Rio Paraopeba, um dos afluentes do rio São Francisco, totalmente contaminado.
No campo do debate são muitas as propostas e posições apresentadas, desde a reestatização da Vale, passando pela CPI da mineração até a exclusão da atividade minerária no país – sobretudo em Minas Gerais onde o quadrilátero ferrífero e o aquífero se misturam, representando um risco para os rios, logo para o abastecimento da população. O documentário se propõe a reunir as principais propostas, as percepções e a sensibilidade em torno do tema.
Este documentário de intervenção política foi produzido de forma independente, trazendo um considerável número de depoimentos de moradores da região, militantes de movimentos sociais, especialistas do tema e representantes de órgãos oficiais, além de materiais relacionados com o episódio.
Ficha técnica
Direção de fotografia e still: Richardson Pontone
Edição: Carlos Pronzato e Richardson Pontone
Finalização: Richardson Pontone
Produção de campo: Denise Belo
Abertura: Jair Jr.
Pós produção (imagens) – Ítalo Gutenberg
Pós produção (som) – Giancarlo Ranieri e Túlio Dias
Trilha de abertura – Giancarlo Ranieri
Trilha Sonora Original: Edgar Filho / Suricato Lab
Trilha sonora: Julgamento, Duzoto Rock Tropeiro e Juliana Perdigão
Produção Executiva: Lamestiza Audiovisual e Usina Hipermidia
Sobre os diretores
Richardson Pontone
Graduado em Comunicação Social – Propaganda pela Faculdade Pitágoras, Especialista em Mídia Eletrônica Rádio e TV e Mestre em Gestão Social, Educação e Desenvolvimento Local. É professor da Universidade do Estado de Minas Gerais Campus Divinópolis, coordena o curso de Comunicação Social – Publicidade e Propaganda e os Laboratórios de Rádio, TV e Fotografia. Experiência em comunicação em toda a cadeia produtiva do audiovisual, realizador e pesquisador em documentário. Atualmente coordena dois projetos de extensão na UEMG: Cinelab – Ensino do audiovisual na formação de jovens em escolas públicas e o “Devendo até a Alma”- uma pesquisa documental sobre a penhora da alma como garantia nas ações de crédito na cidade de Pitangui nos séculos XVIII e XIX. Atua também junto a movimentos sociais de caráter popular em projetos de comunicação popular que envolve documentário, memória e território.
Carlos Pronzato
Cineasta documentarista, diretor teatral, poeta e escritor. Suas obras audiovisuais e literárias destacamse pelo compromisso com a cultura, a memória e as lutas populares. Dentre seus mais de 70 documentários destacam-se “O Panelaço, a rebelião argentina”, “Bolívia, a guerra do gás”, “Buscando a Salvador Allende”, “A Revolta do Buzu”, “Carabina M2, uma arma americana, Che na Bolívia”, “Madres de Plaza de Mayo, verdade, memória e justiça”, “Marighella, quem samba fica, quem não samba vai embora”, “Pinheirinho, tiraram minha casa, tiraram minha vida”,”Mapuches, um povo contra o Estado”, “A partir de agora, as Jornadas de Junho 2013”, “Dívida Pública Brasileira, a Soberania na Corda Bamba”, “Acabou a Paz, isto aqui vai virar o Chile, escolas ocupadas em São Paulo”, “Terceirização, a bomba relógio”, “Ocupa Tudo, Escolas Ocupadas em Paraná”, “A Escola Toma Partido, uma resposta ao Projeto de Lei Escola sem Partido”, “1917, a Greve Geral”, “1968, a Greve de Contagem”, “Mestre Moa do Katendê, a primeira
vítima” etc. Entre outras importantes distinções recebeu, em 2008, o prêmio da CLACSO (Conselho Latino-americano de Ciências Sociais), em 2009, na Itália, o prêmio Roberto Rossellini, e em 2017 o Premio Liberdade de Imprensa pelo jornal Tribuna da Imprensa Sindical, no Rio de Janeiro.